segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CONHECENDO A MÚSICA


COLÉGIO PIO XII
DISCIPLINA: ARTE
PROFESSORA: CLÁUDIA ARAUJO
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CONHECENDO A MÚSICA



Quando se fala em música é preciso levar em conta que sua conceituação é muito subjetiva e, portanto, tem variado bastante no decorrer dos tempos. Até tempos atrás a ideia da música estava associada à combinação ordenada e racional de sons. Contemporaneamente entende-se que é possível fazer música tanto com sons como com ruídos. Dentro dessa conceituação, a ideia de música ficou, então, muito mais ampla.
Aceitando o conceito contemporâneo de música, podemos afirmar que ela sempre existiu eventualmente e autoritariamente na natureza. A Música é basicamente uma arte-ciência que combina harmoniosamente os sons. O fenômeno da música tem várias interpretações; desde uma simples percepção até a evocação de um mundo psicológico, a música pode ser arte, entretenimento ou a expressão de uma cultura.
A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função. Também pode ter diversas outras utilidades, tais como a militar ou educacional. Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos, festas e funerais.
Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humanas.
Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente  físico e emocional. Como "arte do efêmero", a música não pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil enquadrá-la em um conceito simples.
Um dos poucos consensos é que ela consiste em uma combinação de sons e de silêncio que se desenvolvem ao longo do tempo. Neste sentido engloba toda combinação de elementos sonoros destinados a serem percebidos pela audição. Isso inclui variações nas características do som (altura, duração, intensidade e timbre) que podem ocorrer sequencialmente (ritmo e melodia) ou simultaneamente (harmonia). Ritmo, melodia e harmonia são entendidos aqui apenas em seu sentido de organização temporal, pois a música pode conter propositalmente harmonias ruidosas (que contém ruídos ou sons externos ao tradicional) e arritmias (ausência de ritmo formal ou desvios rítmicos . E é nesse ponto que o consenso deixa de existir. As perguntas que decorrem desta simples constatação, encontram diferentes respostas se encaradas do ponto de vista do criador (compositor), do executante (músico), do historiador, do filósofo , do antropólogo,  do linguista ou do amador. E as perguntas são muitas:
  • Toda combinação de sons e silêncios é música?
  • Música é arte? Ou de outra forma, a música é sempre arte?
  • A música existe antes de ser ouvida? O que faz com que a música seja música é algum aspecto objetivo ou ela é uma construção da consciência e da percepção?
A música eleva os sentimentos mais profundos do ser humano. Não é necessário gostarmos de todos os estilos, porém conhecê-los. Mesmo os adeptos da música aleatória, responsáveis pela mais recente desconstrução e reformulação da prática musical, reconhecem que a música se inspira sempre em uma "matéria sonora", cujos dados perceptíveis podem ser reagrupados para construir uma "matéria musical", que obedece a um objetivo de representação próprio do compositor, mediado pela técnica. Em qualquer forma de percepção, os estímulos vindos dos órgãos dos sentidos precisam ser interpretados pela pessoa que os recebe. Assim também ocorre com a percepção musical, que se dá principalmente pelo sentido da audição. O ouvinte não pode alcançar a totalidade dos objetivos do compositor. Por isso reinterpreta o "material musical" de acordo com seus próprios critérios, que envolvem aquilo que ele conhece, suas cultura e seu estado emocional.
Da diversidade de interpretações e também das diferentes funções em que a música pode ser utilizada se conclui que a música não pode ter uma só definição precisa, que abarque todos os seus usos e gêneros. Todavia, é possível apresentar algumas definições e conceitos que fundamentam uma "história da música" em perpétua evolução, tanto no domínio do popular, do tradicional, do folclórico ou do erudito.
O campo das definições possíveis é na verdade muito grande. Há definições de vários músicos, bem como de musicólogos. Entretanto, quer sejam formuladas por músicos, musicólogos ou outras pessoas, elas se dividem em duas grandes classes: uma abordagem intrínseca, imanente e naturalista contra uma outra que a considera antes de tudo uma arte dos sons e se concentra na sua utilização e percepção.

A abordagem naturalista



De acordo com a primeira abordagem, a música existe antes de ser ouvida; ela pode mesmo ter uma existência autônoma na natureza e pela natureza. Os adeptos desse conceito afirmam que, em si mesma, a música não constitui arte, mas criá-la e expressá-la sim. Enquanto ouvir música possa ser um lazer e aprendê-la e entendê-la sejam fruto da disciplina, a música em si é um fenômeno natural e universal. Por ser um fenômeno natural e intuitivo, os seres humanos podem executar e ouvir a música virtualmente em suas mentes sem mesmo aprendê-la ou compreendê-la. Compor, improvisar e executar são formas de arte que utilizam o fenômeno música. Sob esse ponto de vista, não há a necessidade de comunicação ou mesmo da percepção para que haja música. Ela decorre de interações físicas e prescinde do humano.

A abordagem funcional, artística e espiritual

Para um outro grupo, a música não pode funcionar a não ser que seja percebida. Não há, portanto, música se não houver uma obra musical que estabelece um diálogo entre o compositor e o ouvinte. Neste grupo há quem defina música como sendo "a arte de manifestar os afetos da alma, através do som" (Bona). Esta expressão informa as seguintes características: 1) música é arte: manifestação estética, mas com especial intenção à uma mensagem emocional; 2) música é manifestação, isto é, meio de comunicação, uma das formas de linguagem a ser considerada, uma forma de transmitir e recepcionar uma certa mensagem, entre indivíduos considerados, ou entre a emoção e os sentidos do próprio indivíduo que entona uma música; 3) utiliza-se do som, é a ideia de que o som, ainda que sem o silêncio pode produzir música, o silêncio individualmente considerado não produz música.
Para os adeptos dessa abordagem, a música só existe como manifestação humana. É atividade artística por excelência e possibilita ao compositor ou executante compartilhar suas emoções e sentimentos. Sob essa óptica, a música não pode ser um fenômeno natural, pois decorre de um desejo humano de modificar o mundo, de torná-lo diferente do estado natural. Em cada ponta dessa cadeia, há o homem. A música é sempre concebida e recebida por um ser humano. Neste caso, a definição da música, como em todas as artes, passa também pela definição de uma certa forma de comunicação entre os homens. Como não pode haver diálogo ou comunicação sem troca de signos, para essa vertente a música é um fenômeno semiótico.
Elementos da Música

A música quando composta e executada deliberadamente é considerada arte por qualquer das definições. E como arte, é criação, representação e comunicação. Para obter essas finalidades, deve obedecer a um método de composição, que pode variar desde o mais simples (a pura sorte na música aleatória), até os mais complexos. Pode ser composta e escrita para permitir a execução idêntica em várias ocasiões, ou ser improvisada e ter uma existência efêmera. A música dos pigmeus do Gabão, o Rock and roll, o Jazz, a música sinfônica, cada composição ou execução obedece a uma estética própria, mas todas cumprem os objetivos artísticos: criar o desconhecido a partir de elementos conhecidos; manipular e transformar a natureza; moldar o futuro a partir do presente. Qualquer que seja o método e o objetivo estético, o material sonoro a ser usado pela música é tradicionalmente dividido de acordo com três elementos organizacionais: melodia, harmonia e ritmo.
Entre esses três elementos podemos afirmar que o ritmo é a base e o fundamento de toda expressão musical. Ritmo vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado. O ritmo está inserido em tudo na nossa vida. Nas artes, como na vida, o ritmo está presente. Vemos isso na música e no poema. Temos a nos reger vários ritmos biológicos que estão sujeitos a evoluções rítmicas como o dos batimentos cardíacos, da respiração, do sono e vigília etc., até no andar temos um ritmo próprio.
A harmonia é o conjunto dos grupos de notas tocadas simultaneamente (acordes), que dão o corpo à música. Segundo elemento mais importante, é responsável pelo desenvolvimento da arte musical. Foi da harmonia de vozes humanas que surgiu a música instrumental.
A melodia, por sua vez, é a seqüência de notas, que tocadas uma após a outra fazem o solo da música. É a primeira e imediata expressão de capacidades musicais, pois se desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras, e forma uma sucessão de notas característica que, por vezes, resulta num padrão rítmico e harmônico reconhecível. 
Na base da música, dois elementos são fundamentais: O som e o tempo. Tudo na música é função destes dois elementos.

Parâmetros do som

A Música é feita de sons, tradicionalmente descritos segundo quatro parâmetros: altura, timbre, intensidade e duração (ritmo). Eles se combinam para criar outros aspectos como: estrutura, textura e estilo, bem como a localização espacial (ou o movimento de sons no espaço), o gesto e a dança.
Altura: freqüência definida de um som (agudo x grave). É o que diferencia um som de um ruído. Não confundir com volume (intensidade).
Timbre: qualidade dos sons. Diferencia a mesma altura tocada em dois instrumentos diferentes. É o que diferencia o som de cada instrumento (a origem do som).
Intensidade: a força relativa de um som em relação a outros (forte x fraco).
Ritmo: É a pulsação, a base da construção musical, o que torna a música dançante ou reflexiva, pesarosa. O Ritmo define a velocidade da música, se ela é lenta ou acelerada. O ritmo é de tal maneira mais importante que é o único elemento que pode existir independente dos outros dois: a harmonia e a melodia. Sem ritmo não há música. Acredita-se inclusive que os movimentos rítmicos do corpo humano tenham originado a musica.
A Música tem a capacidade de afetar nossas emoções, intelecto e nossa psicologia. As letras podem aliviar nossa solidão ou estimular nossas paixões. Desse modo, a Música é uma poderosa forma de arte cujo apelo estético está altamente relacionado com a cultura a qual é executada. A estética musical é a qualidade e o estudo da beleza e do prazer da Música.

Papel da Música na educação

Ao longo da civilização ocidental, as famílias mais abastadas tinham freqüentemente a preocupação de que seus filhos fossem instruídos na música erudita desde cedo. Uma aprendizagem precoce da interpretação musical abre caminho a estudos mais sérios em idades mais avançadas. É muito mais difícil aprender a tocar profissionalmente um instrumento como o violino, por exemplo, se não for desde criança. Mesmo hoje em dia, muitos pais também querem que seus filhos aprendam música por razões de status social ou para incutir auto-disciplina e auto-confiança. Atualmente já existem estudos científicos que comprovam uma melhoria no rendimento acadêmico das crianças que aprendem música. Outros consideram que conhecer as grandes as grandes obras da musica erudita é uma obrigação cultural, fazendo parte da chamada “cultura geral” geralmente muito valorizada em termos sociais. 
Diversos compositores eruditos apresentaram idéias para a educação musical. O alemão Carl Orff propôs um método para que as crianças pudessem aprender música utilizando formas simples de atividades diárias para jovens como cantar em grupo, praticar rimas e tocar instrumentos de percussão. É baseado amplamente na improvisação e em construções tonais originais para que as crianças ganhem confiança e interesse no processo de pensar criativamente. Atualmente muitos profissionais se dedicam Educação Musical, que apresenta uma característica de “Sensibilização”, envolvendo as crianças num intenso processo de escuta musical, criatividade e integração social.

Música - um fenômeno social

As práticas musicais não podem ser dissociadas do contexto cultural. Cada cultura possui seus próprios tipos de música totalmente diferentes em seus estilos, abordagens e concepções do que é a música e do papel que ela deve exercer na sociedade. Entre as diferenças estão: a maior propensão ao humano ou ao sagrado; a música funcional em oposição à música como arte; a concepção teatral do Concerto contra a participação festiva da música folclórica e muitas outras.
Falar da música de um ou outro grupo social, de uma região do globo ou de uma época, faz referência a um tipo específico de música que pode agrupar elementos totalmente diferentes (música tradicional, erudita, popular ou experimental). Esta diversidade estabelece um compromisso entre o músico (compositor ou intérprete) e o público que deve adaptar sua escuta a uma cultura que ele descobre ao mesmo tempo que percebe a obra musical.
Desde o início do século XX, alguns musicólogos estabeleceram uma "antropologia musical", que tende a provar que, mesmo se alguém tem um certo prazer ao ouvir uma determinada obra, não pode vivê-la da mesma forma que os membros das etnias aos quais elas se destinam. Nos círculos acadêmicos, o termo original para estudos da música genérica foi "musicologia comparativa", que foi renomeada em meados do século XX para "etnomusicologia", que apresentou-se, ainda assim, como uma definição insatisfatória. A Música pode ser considerada como: a capacidade de saber expressar sentimentos através de sons artisticamente combinados e também como ciência que pertence aos domínios da acústica, modificando-se esteticamente de cultura para cultura.

REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA DA MÚSICA:
DA PRÉ-HISTÓRIA À ATUALIDADE
A História da música é o estudo das origens e evolução da música ao longo do tempo. Até poucas décadas atrás o termo ‘história da música’ significava meramente a história da música erudita européia. Foi apenas gradualmente que o estudo da música foi estendido para incluir a fundação indispensável da música não européia e finalmente da música pré-histórica. Há, portanto, tantas histórias da música quanto há culturas no mundo e todas as suas vertentes têm desdobramentos e subdivisões. Podemos assim falar da história da música do ocidente, mas também podemos desdobrá-la na história da música erudita do ocidente, história da música popular do ocidente, história da música do Brasil, História do samba, história do fado e assim sucessivamente.

A Música através dos tempos:

Povos Antigos: Nenhuma hipótese diz com exatidão o momento em que os primitivos começaram a fazer arte com os sons. Suspeita-se que já as pessoas das cavernas brincavam com os sons e davam á sua música um sentido religioso. Consideravam um presente dos deuses, davam a ela um caráter ritualístico e com ela reverenciavam o sagrado. Ritmavam suas danças com pancadas na madeira. Imitavam os barulhos e os sons da natureza, o sopro do vento, o ruído das águas, o canto dos pássaros. Por fim misturavam palmas e roncos, pulos e uivos, batidas e berros. Certamente assim nasceu a música, a partir da organização de muitos sons. Chama a atenção, no entanto, o fato de a origem da música esteve ligada com a experiência humana com Deus, com o Sagrado.
Idade Média: A música na antiguidade e nos primórdios da Era Medieval tem apenas uma linha melódica cantada e tocada por todos os executantes e é frequentemente chamada monofonia. No início da Idade Média, todos cantavam tanto a música sacra como a profana ou secular (não religiosa) na forma monofônica.
Depois desejaram cantar e tocar uma música mais interessante e mais complexa do que a monofônica. Reuniram duas ou mais melodias, criando um tipo de música chamada polifonia, que significa muitos sons. A polifonia apareceu na Europa mais ou menos no século IX. O contraponto (escrita polifônica) desenvolveu-se nos 800 anos seguintes.
Renascimento: A Renascença, na música, data do século XIV no sul da Europa e de um pouco mais tarde no norte europeu. Os compositores desejavam escrever música secular sem se preocupar com as práticas da Igreja. Sentiam-se atraídos pelas possibilidades da escrita polifônica, na qual cada voz podia ter sua própria linha melódica. A escrita polifônica fornecia oportunidades técnicas para efeitos de grande brilho, que eram impossíveis até então. Uma forma secular de composição, o Madrigal, surgiu no século XIV, na Itália. Os compositores escreviam Madrigais em sua própria língua, em vez de usar o latim. Compositores espanhóis também escreveram obras neste estilo, embora se dedicassem quase essencialmente à composição sacra. Na Itália, Giovanni Palestriona criou o mais importante sistema de escrita polifônica que antecedeu a Bach. Durante a Renascença, a música inglesa atingiu o apogeu. Surgiram grandes compositores madrigalistas ingleses que musicavam a poesia da época.
Música Barroca: A música barroca substituiu o estilo renascentista após o século XVII e dominou a música européia até cerca de 1750. Era elaborada e emocional, ideal para integrar-se a enredos dramáticos. A ópera era a mais importante novidade em forma musical, seguida de perto pelo oratório. A música italiana barroca atingiu o auge com as obras de Antônio Vivaldi.
O início do século XVIII foi marcado por dois grandes compositores: Bach e Haendel. A família de Bach era composta de músicos que atuaram do século XVI ao século XVIII. Dos 50 membros dessa família Johann Sebastian Bach foi o seu maior representante, deixando um legado de inúmeras e maravilhosas obras para a humanidade.
Nenhum estilo musical possui analogias tão nítidas com as artes plásticas como o Barroco. A música descobre a profusão de sons simultâneos como meio de alcançar o Belo. A linguagem tonal se firma como sustentáculo da polifonia. Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente, também a mais influente.
Durante o período barroco, a música instrumental passou a ter importância igual à da música vocal. A orquestra passou a tomar forma no século XVII. O aperfeiçoamento dos instrumentos de corda, principalmente os violinos, fez com que a seção de cordas se tornasse uma unidade independente. Os violinos passaram a ser o centro da orquestra, aos quais os compositores acrescentavam outros instrumentos: flautas, fagotes, trompas, trompetes e tímpanos. Um traço constante nas orquestras barrocas, porém, era a presença do cravo ou órgão como contínuo, fazendo o baixo e preenchendo a harmonia. Novas formas de composições foram criadas como a cantata, fuga, a sonata para teclado, a suíte e o concerto.
Impressionismo: Na passagem do século XIX para o século XX, surgiram na pintura artistas que fundaram a corrente impressionista: Monet, Degas, entre outros. Esses artistas queriam passar impressões pictóricas tais como achavam que eram sentidas. Na música não tardaram a surgir compositores que tentassem realizar obras de caráter análogo (parecido). Sem dúvida o mais importante deles foi Claude Debussy, francês.
            Música no século XX: O século XX foi marcado por avanços constantes no meio eletrônico de comunicação, os quais interferem continuamente na concepção musical. Um outro fato que precisa ser levado em conta é que a civilização já estava bastante adiantada nos países chamados “Novo Mundo” e esses, ajudaram a mudar bastante o panorama da música ocidental. Em linhas gerais a música no século XX é marcada pela ruptura generalizada em relação à música européia, que imperou até esse momento. Certamente a Europa não perdeu sua importância, mas viu-se obrigada a dividir terreno com a música americana e, inclusive, assimilou dela muitos ingredientes importantes.
O século XX presenciou o desenvolvimento de quatro aspectos importantes na História da Música:
● O Nacionalismo tornou-se marcante na música espanhola. Os compositores soviéticos dominados pelo governo comunista criaram uma perspectiva oficialmente anti-romântica, conhecida como realismo soviético. Os mestres húngaros escreveram obras inspiradas em canções folclóricas, mas com um estilo pessoal.
● Novos compositores americanos começaram a expressar idéias de vanguarda de muita importância na música do século XX. A América Latina produziu compositores muito importantes como o mexicano Carlos Chávez e o brasileiro Heitor Villa Lobos.
● No início do século XX surgiu o Impressionismo, criado na França por Claude Debussy e mais tarde com Maurice Ravel. O compositor russo Igor Stravinsky foi um inovador por excelência, criando vários estilos musicais. Suas criações levaram-no do nacionalismo e neoclassicismo até as composições dodecafônicas. Os primeiros balés de Stravisnky, especialmente A Sagração da Primavera, foram logo aceitos como clássicos contemporâneos.
● Os músicos acreditavam que já haviam esgotado todos os recursos do sistema tônica-dominante e sentiam que a música precisava de uma estrutura harmônica nova. Muitas inovações foram feitas e despertaram uma reação violenta de protesto, tanto do público como de compositores conservadores e críticos de música. Fizeram experiências de atonalidade e de politonalidade (duas ou mais tonalidades ao mesmo tempo).
Na década de 60 o nacionalismo deixou de representar uma força na música erudita. O mundo musical apresentava uma situação semelhante ao século XVII, quando estilos internacionais dominavam o cenário musical e compositores das mais diversas procedências e escolas podiam compartilhar os mesmos pontos de vista artísticos. Nos países comunistas, o realismo socialista ainda era o estilo oficial.
Alguns compositores continuavam a criar dentro dos conceitos de harmonia diatônica ou cromática. Ampliaram os limites do sistema harmônico de tônica-dominante, sem o destruir. Embora fossem combatidos por críticos e outros compositores, que os acusavam de conservadores, conseguiram obter o aplauso de um grande público amante da música. Vários compositores ocasionalmente omitiram o intérprete em favor da música eletrônica, que aumentou muito as possibilidades técnicas abertas ao compositor e à expressão musical. Stockhausen e John Cage tornaram-se figuras importantes na criação e desenvolvimento da música aleatória ou improvisada. Ao contrário da música eletrônica, a música aleatória depende principalmente do intérprete. O compositor propõe alguns elementos rítmicos, harmônicos e melódicos e o intérprete a partir daí, cria sua própria interpretação. Por este motivo não existem duas composições iguais de música aleatória.
Gêneros musicais

Assim como existem várias definições para música, existem muitas divisões a agrupamentos da música em gêneros, estilos e formas. Dividir a música em gêneros é uma tentativa de classificar cada composição de acordo com critérios objetivos que não são sempre fáceis de definir.
Uma das divisões mais freqüentes separa a música em grandes grupos:
●    Música erudita - a música tradicionalmente dita como "culta" e no geral, mais elaborada. Seus adeptos consideram que é feita para durar muito tempo e resistir a modas e tendências. Em geral exige uma atitude contemplativa e uma audição concentrada. Alguns consideram que seja uma forma de música superior a todas as outras e que seja a real arte musical. No entanto esse pensamento é tipicamente ocidental, obsoleto e não leva em conta a imensa variedade de formas e funções da música nas mais diversas sociedades. Os gêneros eruditos são divididos sobretudo de acordo com o períodos em que foram compostas ou pelas características predominantes.
●   Música popular - associada a movimentos culturais populares. É a música do dia a dia, tocada na festas, usada para dança e socialização. Segue tendências e modismos e muitas vezes é associada a valores puramente comerciais. É dividida em centenas de gêneros distintos, de acordo com a instrumentação, características musicais predominantes e o comportamento do grupo que a pratica ou ouve.
●  Música folclórica ou tradicional - associada a fortes elementos culturais de cada sociedade. Normalmente são associadas a festas folclóricas ou rituais específicos. Pode ser funcional (como canções de plantio e colheita ou a música das rendeiras e lavadeiras). Normalmente é transmitida por imitação e costuma durar décadas ou séculos. Incluem-se neste gênero as cantigas de roda e de ninar.
●    Música religiosa -  utilizada em liturgias, tais como missas e funerais. Também pode ser usada para adoração e oração ou em diversas festividades religiosas como o natal e a páscoa, entre outras. Cada religião possui formas específicas de música religiosa, tais como a música sacra católica, o gospel das igrejas evangélicas, a música judaica, os tambores do candomblé ou outros cultos africanos, o canto do muezim, no Islamismo entre outras.

A ORQUESTRA E SUA EVOLUÇÃO

Foi por e volta de 1600 que pela primeira vez diversos instrumentos diferentes foram reunidos para formar uma orquestra. As primeiras orquestras continham cordas, diversos tipos de instrumentos de sopro e um teclado, com o cravo. Com a evolução dos violinos, os instrumentos de cordas estruturaram-se e passaram a atuar como núcleo central de uma orquestra, aos quais os compositores passaram a juntar outros instrumentos como Flautas doces, Oboés, Fagotes e Trompas. Só na segunda metade do século XVII, período clássico, época de Haydn, Mozart e Beethoven, foi que a orquestra chegou a sua atual composição.
No decorrer do século XIX a orquestra expandiu-se tanto em tamanho como em extensão sonora. Foi aumentando o número de trompas para quatro, e os trombones que só participavam em óperas e música sacra, passaram a ter um lugar certo. Após o avanço da tecnologia e a invenção do sistema de válvulas (1815), foi introduzida a Tuba e o naipe dos metais ficou completo. Pouco a pouco os compositores recorreram a um número maior de madeiras (Flautim, Corne Inglês, Clarone e Contrafagote) e, no naipe das percussões, os instrumentos tornaram-se mais variados capazes de efeitos brilhantes e curiosos. Tornou-se necessário então um incremento do número de cordas para dar equilíbrio aos naipes.
No final do século XIX e princípio do século XX, a orquestra, para satisfazer as exigências dos compositores, teve que ser bastante aumentada. Enquanto que 25 músicos eram suficientes para Mozart, as obras sinfônicas de Mahler e Strauss exigiam 100 músicos ou mais. Os metais receberam instrumentos extras e as madeiras eram combinadas em grupos de 3 ou até 4 instrumentos.
Na contemporaneidade, alguns compositores têm experimentado novas técnicas, explorando interessantes meios para modificar a sonoridade orquestral e adotando, dentre outros recursos, instrumentos novos e técnicas eletrônicas.
O Regente: na atualidade o Regente (também chamado Maestro) entra no palco, dirige-se à estante, levanta a batuta, percorre a orquestra com os olhos e a música começa. O Maestro é responsável por garantir que todos os executantes toquem no mesmo andamento (grau de velocidade da música) e pela manutenção do equilíbrio no volume de som produzido, cabendo-lhe ainda assegurar que a entrada de solistas ou grupo de instrumentos ocorra exatamente no momento certo. Entretanto, não foi sempre assim: nos séculos XVII e XVIII a indicação do andamento era feita pelo cravista ou organista e o ritmo podia ser marcado agitando-se um rolo de papel ou batendo-se com uma vara no chão. Com o passar do tempo o Spalla (primeiro violino da orquestra) por vezes marcava o tempo com o arco do seu violino.
Os naipes da orquestra: A palavra orquestra designa um conjunto razoavelmente grande de instrumentos que tocam juntos. Esse agrupamento é organizado em quatro naipes ou “famílias” de instrumentos: Cordas, Madeiras, Metais e Percussão. A localização dos naipes da orquestra obedece a uma razão prática. Os naipes são dispostos de forma a proporcionar equilíbrio e uma boa combinação dos variados timbres instrumentais. Além disso, o Regente poderá ouvir cada instrumento com clareza e, naturalmente, é preciso que cada instrumento possa ver o Regente.
CORDAS: Violinos, Violas, Violoncelos, Contrabaixo e Harpa.
MADEIRAS: Flautim, Flautas, Oboé, Clarinetes, Fagotes, Clarinete Baixo, Saxofone e Contrafagote.
Obs: o termo Madeira empregado para este naipe é pouco expressivo hoje em dia, devido a serem feitos, na sua maioria, de metal e vulcanite.
METAIS: Trompa, Trompete, Corneta, Trombone tenor, trombone baixo-tenor e Tuba. Obs: Os sons desse naipe, assim como do das Madeiras, são produzidos pelos sopros dos instrumentistas.
PERCUSSÃO: Dividem-se em 2 grupos e precisam ser agitados ou percutidos (batidos) para poderem soar. O primeiro grupo inclui os instrumentos que podem ser afinados e podem, portanto tocar uma melodia. São os Tímpanos, Glockenspiel, Xilofone, Celesta, Vibrafone e Carrilhão. O segundo grupo é maior e inclui os instrumentos que não podem ser afinados, tocando apenas ritmos. Ex: Bombo, Caixa clara ou Tambor de guerra, Pratos, Triângulo, Pandeiro, Gongo, Bloco, Castanholas, Guizos, entre outros. Obs: além desses instrumentos ainda tem o Piano, que, atuando como solista ocupa o centro do palco e, se atuar como instrumento da orquestra fica localizado próximo ao naipe da Percussão (pois o seu mecanismo é o de cordas percutidas).
A orquestra é um agrupamento instrumental que utiliza principalmente a reprodução de música erudita. A uma pequena orquestra dá-se o nome de Orquestra de Câmara.
À orquestra completa dá-se o nome de Sinfônica ou Filarmônica, embora estes prefixos (Sinfo / Filar) não especifiquem nenhuma diferença no que diz respeito à constituição dos instrumentos ou o papel da mesma. Porém, podem ser úteis para distinguir orquestras de uma mesma cidade. Na verdade esses prefixos demonstram a maneira como é sustentada a orquestra. A orquestra Sinfônica é sustentada por uma instituição pública enquanto a Filarmônica por instituição privada.
Uma orquestra tem normalmente mais de 80 músicos, em alguns casos mais de 100. Porém, em atuação, esse número pode ser ajustado de acordo com a obra a ser reproduzida.

MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
A Música Popular no Brasil surge no século XVIII como expressão cultural da população das principais cidades coloniais, como Rio de Janeiro e salvador. É marcada pela síntese de sons indígenas, negros e portugueses. Mistura também elementos da música folclórica e erudita. Apresenta grande variedade de gêneros e ritmos e reflete a diversidade regional do país.
A Modinha, espécie de canção lírica e sentimental, desponta como uma das primeiras expressões musicais tipicamente brasileiras no século XVIII. É uma variação do estilo de maior sucesso na corte portuguesa, a Moda. O Lundu, dança de origem angolana trazida pelos escravos, predomina durante o século XIX. Sua fusão com os ritmos estrangeiros resulta no Maxixe, surgido no Rio de Janeiro entre 1870 e 1880. Nessa época aparece o Choro, caracterizado pela improvisação instrumental executada basicamente por violão, cavaquinho e flauta. O samba nasce no final do século XIX no Rio de Janeiro, influenciado pela Marcha, pelo Lundu e pelo Batuque, entre outros ritmos.
No final dos anos 20 surgem as primeiras duplas sertanejas, como Mariano e Caçula, que fazem as chamadas Modas de Viola. As músicas, que tratam da vida do homem da roça, são cantadas em duas vozes e acompanhadas por viola e violão.
            Anos 30, 40 e 50: a música brasileira fez sucesso no rádio, criando ídolos populares, a partir da década de 30. Destacam-se as cantoras Isaura Garcia (1923-1930), Emilinha Borba e Marlene com seus repertórios românticos. Entre os cantores, Francisco Alves (1898-1952) é considerado Rei da Voz. Nessa época do governo de Getúlio Vargas, a censura prévia controla a música popular: canções de caráter político só são veiculadas quando elogiosas ao país, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Nos anos 40, a Rádio Nacional, estatal, contrata artistas prestigiados, como Silvio Caldas (1908-1998) e Orlando Silva (1915-1978). A década de 50 é marcada pelo Samba-Canção que trata de temas relacionados às desventuras do amor, como Vingança, de Lupicínio Rodrigues (1914-1974).
Na virada dos anos 40 para 50, acontece o primeiro momento de sucesso da música nordestina. Nessa época, Luis Gonzaga, autor de Asa Branca, passa a ser conhecido em todo o país como Rei do Baião. Cantando as dificuldades da música nordestina, lança um novo balanço e uma nova maneira de dançar. Em 1958 surge a Bossa-Nova. Sua estrutura harmônica, influenciada pelo Jazz, e o refinamento na instrumentação difere de tudo que já havia sido produzido. Entre os nomes mais importantes do movimento estão João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
Anos 60: Nos anos 60 o clima de militância política dá origem a músicas que abordam temas relativos à situação social e política do país. Grande parte dos compositores da época ingressa nas canções e protesto, como Geraldo Vandré, autor de Caminhando (Pra não dizer que não falei de flores) e Edu Lobo, de Upa Neguinho.
Em meados dos anos 60 explode a Jovem Guarda, o reflexo brasileiro do rock internacional, com músicas românticas e descontraídas que fazem sucesso entre os jovens. Nos anos 70, o rock desenvolve-se com Rita Lee e Raul Seixas (1945-1989).
MPB: a partir de 1965, com o início dos Festivais, a sigla MPB passa a identificar a Música Popular Brasileira. Mulher Rendeira, a música que surgiu após a Bossa-Nova, rompe com os regionalismos e se projeta nacionalmente. Marcada por grande variedade de estilos, a MPB incorpora elementos do Jazz e do rock da Jovem Guarda. A MPB diferencia-se da Bossa-Nova por abandonar o intimismo, apresentar-se em grandes espaços públicos e pela temática ligada à situação política do país.
A TV Excelsior, de São Paulo, organiza o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Os parceiros Edu Lobo e Vinícius de Moraes vencem com Arrastão, interpretada por Elis Regina (1945-1982). No ano seguinte, a TV Record, também de São Paulo, produz o segundo Festival. Chico Buarque de Holanda, com A Banda e Geraldo Vandré, com Disparada, empatam em primeiro lugar. Em 1967, em outro Festival de MPB da Rede Record, Edu Lobo e Capinam vencem com Ponteio e Roda Viva, de Chico Buarque, fica em quarto lugar. No mesmo Festival, Alegria Alegria, de Caetano Veloso, e Domingo no Parque, de Gilberto Gil, lançam as sementes do Tropicalismo, movimento que incorpora à MPB elementos do rock, dos ritmos estrangeiros e da cultura em massa. A partir da decretação do AI-5, em 1968, toda a produção cultural do país entra em crise com o exílio de muitos artistas. Na MPB, poucos músicos realizam trabalhos isolados, como Milton Nascimento e Elis Regina.
Anos 70: Nos anos 70 a MPB consagra-se como forma musical característica dos centros urbanos, que passam a reunir compositores e intérpretes, até então espalhados pelo Brasil. Representando a variedade regional da música brasileira, de Alagoas vem Djavan; do Pará, Fafá de Belém; do Ceará, Belchior e Fagner. Há grande diversidade de tendências, expressas por nomes como Os Novos Baianos, Gal Costa, Ivan Lins, Simone, Clara Nunes, Beth Carvalho, Alcione, Zizi Possi, Hermeto Pascoal, Gonzaguinha, João Bosco e Egberto Gismonti. Intérpretes como Ney Matogrosso, Alceu Valença e Elba Ramalho alcançam êxito expressando a variedade de estilos e a fusão entre Samba-Canção e Pop.
Década de 80 e 90: nesta época começam a fazer sucesso novos estilos musicais que recebiam forte influência do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início de 1980, serviu para impulsionar o rock nacional. Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. A partir dos anos 80 a música popular registra novos nomes como Arrigo Barnabé, Itamar Assunção, Luiz Melodia, Eliete Negreiros, Na Ozzetti, Vânia Bastos, Leila Pinheiro e grupos como Rumo e Premeditando o Breque, que incorporam elementos da música erudita de vanguarda e do rock, reggae e funk. O rock firma-se no mercado com Marina Lima e bandas como Blitz, Barão Vermelho, Titãs, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor e Legião Urbana.
A música nordestina vive outro momento de consagração a partir dos anos 80, quando os ritmos afro-brasileiros, popularizados no carnaval de Salvador, começam a ser valorizados no resto do país. O primeiro nome a se destacar é Luís Caldas, divulgador do gênero Fricote, por volta de 1987. Em seguida a lambada invade a Bahia e faz grande sucesso. O bloco de carnaval Olodum passa a ter músicas gravadas por artistas como Gal Costa e Paul Simon. Também na Bahia surge Daniela Mercury, que mistura samba e reggae, numa música chamada de Axé Music.
Uma nova música sertaneja surge da fusão do estilo caipira brasileiro com o country norte-americano. As novas duplas trocam a viola pela guitarra elétrica e cantam a música romântica, afastando-se dos temas rurais, como Chitãozinho & Chororó e Leandro & Leonardo.
            Século XXI: o século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr., Detonautas e CPM22.
Após tantos anos, a música popular brasileira  ocupa hoje um posto importante na cultura (e na economia) brasileira que, se nos anos 60 estava se iniciando, hoje atinge cifras e dados impressionantes. Com estratégias de produção definidas, a música popular nunca esteve tão presente no cotidiano do cidadão, como nos dias de hoje.
A música popular ainda pode ser a maior fonte de (in) formação do cidadão brasileiro na atualidade. Talvez não mais como protesto e instrumento de tomada de poder, mas, quem sabe como instrumento de ação deste cidadão no país. Sem a pretensão de sugerir uma postura cívica para a música no Brasil, talvez seja possível pelo menos sugerir uma postura “musical” para a análise da realidade brasileira.